| MORRE BRIGITTE BARDOT, LENDA DO CINEMA FRANCÊS E ÍCONE DA DEFESA DOS ANIMAIS, AOS 91 ANOS

......Morreu aos 91 anos a atriz Brigitte Bardot, uma das maiores lendas do cinema francês e símbolo mundial de beleza, liberdade e ativismo. A informação foi confirmada neste domingo. A causa da morte não foi divulgada oficialmente, mas a artista enfrentava problemas de saúde há alguns meses, com longas internações. Ela faleceu em um hospital no sul da França, onde passaria por um procedimento cirúrgico.

Além de atriz, Brigitte Bardot teve carreira como cantora e se tornou uma das mais influentes ativistas da causa animal no mundo, dedicando as últimas décadas de sua vida à defesa dos direitos dos animais.

Nascida em Paris, em 1934, em uma família rica, Brigitte iniciou sua trajetória artística ainda muito jovem. Aos 15 anos, começou a trabalhar como modelo e rapidamente ganhou notoriedade ao estampar a capa da revista Elle, chamando a atenção da indústria cinematográfica.

Sua estreia no cinema aconteceu em 1952, aos 18 anos, no filme Le Trou Normand, do diretor Jean Boyer, interpretando Javotte Lemoine. No mesmo ano, atuou em Manina, a Moça Sem Véu, dirigido por Willy Rozier, chamando atenção ao aparecer de biquíni — um marco que ajudou a popularizar a peça e a transformar padrões de comportamento e moda da época.

Em 1953, Brigitte participou de seu primeiro longa-metragem norte-americano, Mais Forte que a Morte, ao lado de Kirk Douglas. Apesar do papel discreto, sua presença no Festival de Cannes daquele ano causou enorme repercussão, novamente pelo visual ousado, que despertou fascínio da imprensa internacional.

Ao longo da década de 1950, Bardot atuou em diversas produções francesas, italianas e inglesas, como A Noiva do Comandante, As Grandes Manobras, Helena de Tróia e Meu Filho Nero. O auge da carreira veio em 1956, quando protagonizou E Deus Criou a Mulher, dirigido por seu então marido, Roger Vadim.

No filme, Brigitte interpreta Juliette, uma jovem órfã que vive em Saint-Tropez e desperta paixões por sua postura livre e provocadora. O longa a projetou ao estrelato mundial, transformando-a em símbolo sexual e ícone cultural, influenciando gerações e a moda feminina em diversos países.

Nos anos seguintes, consolidou sua carreira atuando em clássicos como O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, além de dividir cenas com grandes nomes do cinema, como Alain Delon, Marcello Mastroianni, Anthony Perkins e Sean Connery.

Brigitte Bardot deixa um legado histórico no cinema, na cultura popular e na luta pelos direitos dos animais, sendo lembrada como uma mulher à frente de seu tempo.